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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Nos indecisos está o futuro -Parte 2

Tema:
Em todas as Democracias, é normal a existência de numerosos cidadãos indecisos em quem votar e resistindo até ao último momento. Os "democratas assumidos" avaliam-nos como um mal necessário no funcionamento democrático, porém esta posição cria uma distracção que esconde o fundamental, isto é, eles não são doentes, são saudáveis a lutar contra doenças.

Os cidadãos indecisos são apenas cidadãos inteligentes, irredutíveis, que não desistem de votar com lucidez no seu voto. Por outras palavras, recusam-se a aceitar que tudo está bem e que o problema é deles quando, na verdade, sentem que está mal e é a votação que tem problemas. 
Assim, o seu elevado número nas Democracias expressa a presença de anticorpos saudáveis a reagir a virus endémicos (bugs) em situações bem definidas, as eleições.

Índice
Parte 1 (post anterior)
√ - Introdução
√ - A neutralidade
√ - Os votantes
√ - O bug "só votas SIM"

Parte 2 (post actual)
√ - O bugzinho dentro do bug
√ - A derrota do bug
   - Q&AM
√ - Conclusão


O bugzinho dentro do bug

O bug "só votas SIM", atrás descrito (post 10), contem um outro bugzinho sob a forma do dilema das "Falsas Escolhas".

Como se viu, a essência do bug "só votas SIM" é que, para dizer NÃO a uma alternativa, só é possível fazê-lo se se disser SIM a outra alternativa mas, quando existe uma que é desejável, este bug apesar de existir é inócuo.
Se não existem desejáveis, então o bug deixa de ser inócuo pois ter-se-á sempre que votar numa que também é indesejável. Neste caso, o dilema das "falsas escolhas" é activado.

In brevis, as "falsas escolhas"é o dilema em que não há escolha possível pois tem sempre que se escolher o que não se quer. Como ilustração, a história do Casamento Democrático:


Numa comunidade, quando uma jovem faz 20 anos a família lista os seus pretendentes e vota o futuro marido. É tudo muito democrático pois o noivo é votado pelas mulheres de toda a família, incluindo noiva, avós, mãe, irmãs, tias, primas próximas e afastadas. 

O sistema é simples, vota-se e o mais votado casa. Se as mulheres da família não sabem quem escolher votam em branco mas, se preenchem mal o voto, este é anulado. É possível votar contra qualquer pretendente indesejável e a abstenção é mal vista pois demonstra falta de consideração para com a noiva e família.
Boletim de voto
Ultimamente, a situação começou a complicar-se porque, perante certas listas de candidatos, as votantes recusavam-se a votar pois teriam sempre que escolher um e nenhum prestava.
Este conflito sempre existiu, mas essas perturbações ficavam enevoadas com a discussão sobre o valor dos candidatos e com a inabilidade das votantes. Por outras palavras, discutia-se um sintoma (a escolha a fazer) mas não se discutia a sua causa (o método de escolha).

Na última votação, o escândalo explodiu. O problema foi que, das 20 mulheres da família, entre brancos, nulos e abstenções, o total das que não votaram foi 17. Houve 3 votos e, destes, um candidato obteve 2 conseguindo 66% dos votos pelo que, democraticamente, exigiu casar com a jovem.

O conflito agudizou-se porque, apesar de ser verdade, as eleitoras diziam que ele tinha 90% de não-apoios versus 10% de apoios, o que também era verdade. Criou-se um impasse, pois a discrepância era grande entre 66% de votos corresponderem apenas a 2 votos em 20 eleitores.

Até então, a comunidade costumava, discretamente, considerar essas situações como desacordos pontuais desprezáveis e a "esquecer". Desta vez, o impasse não foi "esquecido" e o principal ponto de atrito centrou-se no conceito de absentista.
Para uns, era alguém ausente que não estava interessado em escolher, para outros, era alguém que, interessado em escolher, não ia votar pois teria sempre que escolher contra a sua opinião. Esta posição defendia que não eram absentistas ausentes mas sim escapistas, presentes na recusa de não poder dizer NÃO a todos.

Absentista ou Escapista
de ter que votar o que não quer ?

Ainda apareceu o argumento que "...quem não gostasse de nenhum candidato que apresentasse outro". Porém foi refutado dizendo que a função do votante era votar não era construir listas de candidatos.

Das conversas entre todos, a conclusão geral foi que, realmente, não se poderia votar em consciência se houvesse obrigação de votar num indesejável. Neste caso, o escapista seria o eleitor que não queria fazer voto fraudulento pois sabia votar, sabia o que queria e não podia demonstrá-lo.

Com este consenso o diagnóstico foi fácil, o problema estava no Boletim de Voto e não nos candidatos, nem nos eleitores. A solução também foi fácil, era só acrescentar a alternativa "nenhum deles" no Boletim de Voto:
Boletim de voto com solução ao dilema
O bugzinho do Dilema das Falsas Escolhas foi descoberto e anulado, os votantes puderam passar a poder votar de acordo com a sua consciência.

Porém, esta mudança trouxe outros problemas, pelo que soluções foram procuradas. Por exemplo, para impedir círculos viciosos foi criada a regra de que, se o total de votos SIM fosse inferior a 50%, seria necessário fazer nova votação. Foi ainda acrescentado que, para evitar obter o mesmo resultado, os candidatos anteriores não poderiam tornar a ser candidatos na repetição pois, logicamente, se fossem elegíveis já o teriam sido na primeira vez.

Tudo acabou bem, o Casamento Democrático entrou numa nova era. O futuro tinha nascido a partir de eleitoras indecisas que não abdicaram de lutar pelo fim do voto armadilhado. Afinal, elas não eram eleitoras débeis mentais, mas sim eleitoras lúcidas mentais e irredutíveis acerca da existência de um bug  a solucionar.

___ FIM___

Regressando ao actual sistema democrático e aplicando a mensagem da metáfora descrita pode imaginar-se que, "por milagre", se fariam três modificações:

1º -  o bug "falsas escolhas" era retirado do boletim de voto por incluir a escolha "nenhum destes";
2º - era definido um limite legal mínimo para a total percentagem de SIM (50%?) inferior à qual a eleição era invalidada e repetida,
3º - nenhum candidato da eleição invalidada poderia ser candidato na sua repetição.

Com estas novas regras eleitorais o equilíbrio partidos, candidatos e eleitores alterar-se-ia. Acções políticas, estratégias e campanhas teriam que substituir a primazia da "luta por ganhar" pela prioridade de "todos não-perderem".
Na verdade, esta pequena diferença era crucial pois transformava os eleitores no factor decisivo das eleições com a sua capacidade de poder de vetar todos os candidatos. Até então, com o método anterior, numa lista de maus, um mau é sempre eleito mesmo com poucos votos, o que é um contrasenso democrático.

De salientar que, numa assembleia a votar propostas, a votação uma por uma evita este bug porque cada votação contem SIM e NÃO pelo que, no final, todas podem ser recusadas. Numa votação por listas, a alternativa "recusar todos" tem que estar incluída ou então o bug aparece.

Esta pequena alteração não é pontual é sistémica.
Por exemplo, se esta ficção fosse aplicada às Eleições Legislativas 2011 com os seus 55,7% de votos SIM em partidos (vide post anterior), o risco corrido para todos perderem e ficarem inelegíveis na repetição seria de 5,7% de votos a emigrar de pequenos e grandes partidos para absentistas, brancos ou nulos.
Como é óbvio esta possibilidade teria alta probabilidade de poder acontecer pelo que, mesmo sem ter sucedido, existiria um sério aviso para o cuidado a ter nas eleições de 2015. O fantasma do veto geral,  com a consequente inelegibilidade, seria uma Espada de Dâmocles sobre os candidatos da qual, actualmente, estão imunes. As relações sociedade civil versus sociedade politica adquiriria um novo perfil.

O argumento dos custos, riscos e benefícios envolvidos numa mudança deste genero são reais mas, quaisquer que sejam, nunca têm valor absoluto. São sempre valores relativos entre os de continuar como está e os de mudar. Na prática, as questões básicas a responder seriam as clássicas em gestão da mudança:

- Há, ou não, um problema a resolver? - se sim, então,
- Quais as vantagens e desvantagens do antes e depois da mudança? e ainda,
- Deixa-se ficar como está, altera-se ou há outra alternativa?


A derrota do bug

Porém, com ou sem resolver o dilema do boletim de voto, há outras alternativas para não se ficar emaranhado no bug "só pode dizer SIM". Porém, se os candidatos forem todos inaceitáveis ter-se-á primeiro que resolver o dilema das falsas escolhas pois, como disse o sábio ao rei, [...se toda a comida está envenenada não há escolha, a decisão é dieta].

Pelo contrário, se existirem candidatos aceitáveis (ver movieclip no final), o processo é simples, basta obter informação válida para poder votar de acordo com a consciência. O ponto crítico da indecisão é a falta de informação para decidir, portanto, a solução óbvia é providenciar informação adequada, in tempore. 

A solução disponível no século XXI, à semelhança da dinamização informativa da VOTF (USA), é a criação de uma rede social


que, sem estruturas de controlo nem lideranças, alimente, clarifique e pressione a existência de informação actualizada sobre compromissos, promessas e decisões da gestão da Res Publica (República). Na prática é a sociedade civil a manter-se informada e atenta ao que a sociedade política, por si eleita, faz ou vai fazer.

As redes sociais criam uma dinâmica diferente da comunicação de massas com o seu modelo "um-a-muitos". Este modelo tem diversos formatos, tais como, jornais, rádio TV, brochuras, cartazes, folhetos, etc. Entre, os mais vulgares estão as NOTÍCIAS, com a técnica do "gargalo de garrafa" (bottleneck effect) para filtragem da informação difundida:



Saliente-se que os comentários online nas notícias não alteram o bottleneck, pois também eles são controlados e representam apenas uma pequeníssima permilagem (uma dezena??) de opiniões enviadas/lidas em relação às milhares difundidas.


Se se analisar o processo "notícias", encontra-se duas entidades em acção, o pólo massmedia, emissor activo, que difunde "um a muitos" e o pólo leitor, receptor passivo, que acolhe a notícia sendo "um entre muitos". Este processo funciona como controlo centralizado sobre a informação recebida por MUITOS. 

No século XXI, este controlo perde hegemonia ao ser contrabalançado pelas redes sociais. Nestas, a grande diferença é que cada receptor passivo é também emissor activo, ou seja, tudo passa a ser conversa de "muitos-a-muitos".

Em resumo, nas redes sociais o controlo informativo desaparece pois todos decidem "sim ou não" às emissões. A validade dos conteúdos já não é por existir crédito no emissor "oficial", mas sim por serem aprovados pela capacidade crítica de quem recebe. A comunicação deixa de ser um circuito de "gentinha a ouvir celebridades" (riffraff hearing VIP's) para ser um fluir de significados entre "pessoas a falar com pessoas" (persons talking to persons).

Esta diferença comunicativa tem grande importância pois o poder de mobilizar deixa de depender de lideres, estruturas e recursos e só depende da capacidade de cada receptor criar significados e ser emissor. Esta capacidade depende directamente da quantidade e qualidade da conexão com amigos, conhecidos e outras redes sociais e da facilidade com que um click pode abrir a emissão, liberto de fronteiras, horários, burocracias, hierarquias, etc.

Este funcionamento ultrapassa os "bottlenecks das notícias" e recria a tradicional conversa do "largo da aldeia" mas, agora, uma aldeia a nível planetário onde todos falam com todos.

Redes sociais fora do massmedia
na Aldeia Global em Portugal
A par de redes sociais para a obtenção de informação, existem outras formatos, um das quais é o formato Q&AM  - Question Answer Meeting

Q&AM - Question Answer Meeting

Este formato baseia-se num grupo questionante que prepara uma lista de perguntas concretas para esclarecer dúvidas e a serem respondidas em sessões faca-a-face com palestrantes. A sua utilização vai desde o ensino (Peer System) até à maturação colaborativa, passando por esclarecimento político.

Ao contrário de conferências e comícios nos quais o orador diz o que quer, como quer e quando quer, no Q&AM o orador diz o que os ouvintes querem saber. É uma espécie de QA, na perspectiva da Quality Assurance e Quest-Answer.
Durante o questionamento, em função das respostas, novas perguntas podem surgir que, escritas pelos participantes, são projectadas e ficam em standby como referência para futuras respostas e/ou futuras perguntas.

No caso de esclarecimento político, o objectivo do Q&AM não é possibilitar "missionação política" aos candidatos, mas sim criar condições para os eleitores esclarecerem dúvidas existentes e validar credibilidade e compromisso do candidato.  Numa palavra, é dar informação aos eleitores para eliminar indecisões.

Como é óbvio, objectivos diferentes obrigam a organizações diferentes. Como exemplo, dois formatos distintos aplicados à mesma sessão de 90 minutos com 100 participantes e 1 candidato.

A - Missionação política

1 - Na hora marcada os participantes entram na sala para assistir à palestra.
2 - O candidato fala durante 60 minutos com o discurso preparado e os eleitores assistem.
3 - No últimos 30 minutos, os eleitores colocam perguntas e o candidato responde.

Considerando que cada conjunto pergunta-resposta leva 5 minutos (2m pergunta + 3m resposta), os 30 minutos de dúvidas apenas permitem a 6 eleitores (6x5m=30m) participarem, pelo que 94% continuam apenas ouvintes.
Se se fizer blocos de perguntas para o candidato responder, poupar-se-á algum tempo nas respostas (1m a 1,5m em cada) mas elas perderão focagem e aumentará a generalidade. Por outro lado, só haverá uma poupança de 6 a 9 minutos, permitindo apenas mais 1 a 2 questões, pelo que passa de 6 para 8%.

Como se deduz, neste modelo a participação não é significativa com os seus 92 a 94% de ouvintes calados,

Em resumo, o núcleo duro do formato são 60 minutos de palestra com uma participação activa de 6 a 8% dos ouvintes esclarecendo as suas dúvidas. Normalmente, este debate é uma troca de "fait divers" técnico-afectivos, uns positivos na confirmação e outros negativos na contestação.

B - Esclarecimento Q&AM

1 - Antes da hora marcada, o grupo de participantes tem uma sessão prévia para preparação. Em média, são precisas 2 horas para 100 pessoas.
Nessa preparação, 100% dos participantes colocarão todas as dúvidas que pretendem esclarecer. Essa listagem de dúvidas será "clustered" (no calão técnico "clusterizada", isto é, agrupadas, integradas, relacionadas, sintetizadas) e formalizadas 12 perguntas (12x5m=60m) concretas a serem respondidas pelo candidato na 1ª parte da sessão.
A lista final será validada por todo o grupo e será reformulada caso alguém concluir que uma dúvida apresentada não está expressa.

Para aumentar a eficiência e eficácia, a preparação poderá utilizar metodologias de metaplan, cafe, buzzgroup, virose, etc, possibilitando um questionamento mais lúcido, profundo e concreto sobre a informação pretendida e ainda definir critérios para avaliar a qualidade das respostas obtidas. 

2 - Nos primeiros 60 minutos são apresentadas as perguntas preparadas com origem nas dúvidas de 100% dos participantes e ouvidas as respostas do candidato. Durante este período, eventuais novas dúvidas surgidas poderão ser comunicadas (escrito ou oral) à organização do Q&AM.

3 - Nos 30 minutos finais, as dúvidas surgidas na fase anterior serão apresentadas, eventualmente complementadas com questionamento directo.

Em resumo, o núcleo duro deste formato são 90 minutos para informação respeitante às dúvidas existentes. A 1ª parte reporta-se à questões obtidas previamente com 100% de participação e na 2ª parte aos aspectos conspícuos obtidos "in loco" por 100% do grupo.

O Q&AM, apesar de poder ser difundido pela internet, é diferente do modelo debate TV onde a conversa (programada ou espontânea) é entre poucos para ser difundida para muitos.

No debate TV em directo ou diferido, o verdadeiro interlocutor não é o "interlocutor" TV, pois todos falam para os telespectadores que não interferem, apenas ouvem, calados com a participação possivel  de 0%.
Os telefonemas online, filtrados ou não, são apenas "show" pois representam 0,000000??% em milhares de telespectadores, isto é, são entretenimento não são intervenção.
O interlocutor presente na sala, qualquer que seja a sua intervenção, apenas serve como "tabela", um mero pretexto, para outro aproveitar e difundir os "falares" desejados para os ouvintes telespectadores. Muitas vezes, qualquer relação entre o que um diz e o outro responde é pura coincidência.

Como diz a "teoria", no debate TV, o importante não é o que acontece lá mas sim a sua consequência na percepção dos telespectadores, ou seja, a regra é "Perder no debate e ganhar na audiência é óptimo, o contrário é péssimo".
No debate Q&AM a regra é diferente, ela diz que "Perder no debate é perder tudo" pois a audiência presente é o único interlocutor e as consequências só existem nela. Os participantes convencem-se ou não, entregam o seu voto ou não, tudo começa e acaba aqui.

Como exemplo de um Q&AM simplificado, apresenta-se um movieclip (4m) do filme Swing vote, 2008, com Kevin Costner. Neste caso, apesar de haver audiência, ela não "existe", pois a única consequência existente é o único interlocutor dos candidatos decidir em quem vai votar.

Tema:
Na eleição do Presidente USA, os dois candidatos ficam empatados. Descobre-se que, numa aldeola do Novo México, por falha de energia, o eleitor ficou registado mas o seu voto não ficou. Por lei, neste caso, o cidadão pode repetir o voto no prazo de 10 dias. Entretanto devido ao empate existente, este único voto decidirá o Presidente eleito.

O cidadão cujo voto sofreu falha de energia (Kevin Costner) é um desempregado, semi alcoólico, politicamente analfabeto, abúlico, crédulo que só vive o "momento presente". Durante 10 dias é "perseguido" pelo massmédia e pelo marketing dos candidatos que o tentam "caçar" para o seu lado.
O seu Alter Ego é a filha de 10 anos, politicamente activa, que o protege, "chateia" e defende das manipulações e responsabilidade em que foi mergulhado.

Por fim, decide que tem que votar e precisa de informação. Entretanto, como recebeu milhares de cartas com pedidos e informações que não leu, angustiado, começa a lê-las e acaba por pedir um Q&AM com os dois candidatos onde estes responderão às suas perguntas, para ele poder escolher um deles.

Preparando perguntas, perguntando, decidindo o voto


Conclusão

Os indecisos são uma classe lógica. Eles são os excluídos da informação política apesar de serem a sua força "laboral", no geral produzem a votação que dará a escolha final. Esta "responsabilidade" é clara nos títulos das notícias:


Sociologicamente, os indecisos não são um grupo. Na metáfora do "Casamento Democrático", foi o escândalo de obter 66% de apoio com 2 votos que provocou o detonador ("trigger") da transformação da classe lógica "eleitoras indecisas" em grupo decidido a alterar a situação.

Simplesmente, o facto de nas Democracias os milhares ou milhões de indecisos existentes não serem grupo, não invalida a projecção de que o "futuro está nos indecisos".
A semente está lá, só falta germinar na comunidade. Se o trigger (detonador, gatilho) aparecer, o tipping point (ponto de inflexão, viragem, contacto) unirá redes e a classe lógica com milhões de indecisos fará a metamorfose para grupo:


Continuação...

... a Democracia vive fora do real e dentro do mundo virtual das imagens difundidas. Assim, surge o 11º post, "Pregoeiros no poder ".

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Indice do Blog
(com links para os posts já publicados)

No princípio era o caos
A viragem da civilização 
Fugindo da estupidez organizacional
A evolução aos "éssses 

Temporada 2 - Soluções?
Não guiar pelo espelho retrovisor

Morreu o consensus, viva o dissensus

A técnica do Jazz e o dissensus
E assim, co-labora ou morre

E por fim, a democracia da cumplicidade 
Aqui no futuro?

O 1º sonho

Video resumo: Nova Democracia

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